Você abandonaria tudo para viver aquilo que considera ser o seu Propósito?
É com essa provocação sobre o Propósito, que inicio a parte que considero um dos pontos-chave nas palestras que dou acerca dessa temática.
Vamos voltar um pouquinho, para uma melhor contextualização… Como já expus anteriormente, além de tratar dos temas ligados ao Propósito (ou Missão de Alma) aqui no blog, também faço isso no meu livro de ficção, no canal do YouTube e através de palestras. Nesse último meio, o contato pessoal facilita abordar, com um pouco mais de proximidade e profundidade, essa questão que é complexa e, de certa forma, abstrata.
Depois de falar sobre o conceito do que pode ser considerada a Missão de Alma, daquilo que não pode ser considerada, ou sobre as maneiras de tentar encontrar esse caminho, é quase certo ter a seguinte dúvida pairando no ar: Como ter certeza de que encontrei o meu Propósito?
Ah, essa dúvida frequentemente também aparece como comentário em algumas das minhas postagens.
Bem, como é algo recorrente, e crucial no entendimento dessa questão que direcionará os passos de quem decidir trilhar essa jornada, utilizo a pergunta que elegi como título desse post para proporcionar um momento de reflexão profunda: “Você abandonaria tudo para viver aquilo que considera ser o seu Propósito?”
Abandonar tudo é uma frase bastante forte, não é mesmo? Entretanto, é uma maneira simbólica de tratar aquilo que abordamos em uma outra postagem aqui no blog. Aquela na qual falamos sobre o status quo.
Destaco mais uma vez, para não ser mal interpretado, que não podemos ser imprudentes ou inconsequentes. Como já disse em algumas oportunidades, viver a sua Missão de Alma exige maturidade.
Mas, voltando ao cerne da questão, vamos refletir um pouco sobre o que significa abandonar tudo ou, quem sabe, o que não significa.
Peço licença para replicar algumas perguntas que já recebi, para melhor ilustrar.
Preciso abandonar dinheiro e bens materiais para viver o meu Propósito?
Não necessariamente… (essa questão merece um post específico). Mas, de forma simplificada, podemos dizer que o mais importante é o desapego ao materialismo. A energia que o dinheiro ou os bens materiais nos proporciona, quando utilizada para nossa evolução, é sempre bem-vinda e muitas vezes necessária. Adaptando-se uma frase que já virou clichê, mas ilustra perfeitamente essa questão: “não podemos nos tornar escravos dessa energia”. Há casos em que a Jornada exigirá deixar inclusive isso, para trás! Parece difícil, mas não é incomum. Por outro lado, há algumas que demandarão muitos recursos financeiros para serem trilhadas. Infelizmente, nossa sociedade molda as pessoas para atuarem apenas nos extremos. Em geral, há os demasiadamente ambiciosos de um lado e, de outro, aqueles que enxergam esse tipo de prosperidade como algo pecaminoso.
Tenho que abandonar minha família e amigos para trilhar essa Jornada?
Aqui…, depende! (É algo bastante forte, não é?) Mas, acredito, que esse tipo de decisão é restrito a pouquíssimas pessoas. Para a grande maioria, os círculos familiares e de amizade foram formados, justamente, para permitir o aprimoramento espiritual de seus integrantes (incluindo-se aqui a necessidade de se trabalhar para resolução dos Karmas). Para aqueles poucos indivíduos que necessitam um caminho diferente, cabe aqui uma outra palavra: distanciamento. Sim, é diferente de abandono (que é o grande gerador de Karmas). Distanciar-se às vezes é necessário, para que nossa jornada possa ser colocada em marcha. Veja o que ocorre, por exemplo, com aqueles que têm em seus caminhos a necessidade de se dedicar a uma vida religiosa…
Preciso abandonar o meu emprego ou negócio?
Infelizmente, nem sempre se descobre haver uma ligação direta entre sua Missão de Alma e aquilo que se desempenha profissionalmente naquele momento. Caberá a cada um, caso a caso, avaliar se esse trabalho é algo que o impede de viver seu Propósito em plenitude. É um ponto bastante delicado. Temos que tomar o cuidado para não deixar que, aquilo que nos permite sobreviver nos impeça de viver.
Repito, novamente, algo que costumo colocar com bastante ênfase: não há manual ou fórmula mágica, que nos garantam como encontrar nossa Missão de Alma e colocá-la em prática. Todas as relações e interações que existem no Universo são complexas e únicas. Assim, seria leviano da minha parte tentar escrever um manual para esse direcionamento. O máximo que entendo ser adequado é levantar algumas questões, para que sejam consideradas por aqueles que estão em busca de suas jornadas.
Para finalizar, recordo um tema que abordei no post sobre a incompatibilidade entre Propósito e Zona de Conforto. Lá, falo sobre aquilo de que o faraó Akhenaton resolveu abrir mão, para ir em direção ao que seu coração o impulsionava. Não deixe de ler…
E você, como responderia à nossa questão-título??
Ah… “A RESPOSTA É UMA DAS CHAVES PARA SABER SE, REALMENTE, ENCONTROU O SEU!!“
Coloque seu sonho para andar! Confie e aproveite a jornada!